domingo, 6 de dezembro de 2015

O mito de Édipo

Édipo e a Esfinge


Na antiguidade, os gregos cultuavam uma série de deuses (Zeus, Hera, Afrodite, etc.) e

semideuses, acreditando que os mesmos tinham forma humana. Por isso, a religião deles

era conhecida como politeísta antropomórfica.

A distinção entre deuses e semideuses se dava através do fato de que os deuses eram

imortais e provenientes da geração divina. Já os semideuses eram fruto da relação de um

deus com uma mortal e não tinham a imortalidade.

Um mito clássico na História da Filosofia é o da tragédia Édipo rei, que posteriormente, no

século XIX, foi utilizado por Freud para falar do amor dos filhos para com os pais durante a

infância A história é seguinte:

Laio, rei da cidade de Tebas e casado com Jocasta, foi advertido pelo oráculo de que não

poderia gerar filhos e, se esse mandamento fosse desobedecido, o mesmo seria morto pelo

próprio filho, que se casaria com a mãe.

O rei de Tebas não acreditou e teve um filho com Jocasta. Depois arrependeu-se do que

havia feito e abandonou a criança numa montanha com os tornozelos furados para que ela

morresse. A ferida que ficou no pé do menino é que deu origem ao nome Édipo, que significa

pés inchados. O menino não morreu e foi encontrado por alguns pastores, que o levaram a

Polibo, o rei de Corinto, este que o criou como filho legítimo. Já adulto, Édipo também foi

até o oráculo de Delfos para saber o seu destino. O oráculo disse que o seu destino era

matar o pai e se casar com a mãe. Espantado, ele deixou Corinto e foi em direção a Tebas.

No meio do caminho, encontrou com Laio que pediu para que ele abrisse caminho para

passar. Édipo não atendeu ao pedido do rei e lutou com ele até matá-lo.

Sem saber que havia matado o próprio pai, Édipo prosseguiu sua viagem para Tebas. No

caminho, encontrou-se com a Esfinge, um monstro metade leão, metade mulher, que

atormentava o povo tebano, pois lançava enigmas e devorava quem não os decifrasse. O

enigma proposto pela esfinge era o seguinte: Qual é o animal que de manhã tem quatro pés,

dois ao meio dia e três à tarde? Ele disse que era o homem, pois na manhã da vida (infância)

engatinha com pés e mãos, ao meio-dia (idade adulta) anda sobre dois pés e à tarde

(velhice) precisa das duas pernas e de uma bengala. A Esfinge ficou furiosa por ter sido

decifrada e se matou.

O povo de Tebas saudou Édipo como seu novo rei, e entregou-lhe Jocasta como esposa. E

depois disso, uma violenta peste atingiu a cidade e Édipo foi consultar o oráculo, que

respondeu que a peste não teria fim enquanto o assassino de Laio não fosse castigado. Ao

longo das investigações, a verdade foi esclarecida e Édipo cegou-se e Jocasta enforcou-se.


Contribuição da nossa querida amiga e leitora Larissa Di Oliveira





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