Édipo e a Esfinge |
Na antiguidade, os gregos cultuavam uma série de deuses (Zeus, Hera, Afrodite, etc.) e
semideuses, acreditando que os mesmos tinham forma humana. Por isso, a religião deles
era conhecida como politeísta antropomórfica.
A distinção entre deuses e semideuses se dava através do fato de que os deuses eram
imortais e provenientes da geração divina. Já os semideuses eram fruto da relação de um
deus com uma mortal e não tinham a imortalidade.
Um mito clássico na História da Filosofia é o da tragédia Édipo rei, que posteriormente, no
século XIX, foi utilizado por Freud para falar do amor dos filhos para com os pais durante a
infância A história é seguinte:
Laio, rei da cidade de Tebas e casado com Jocasta, foi advertido pelo oráculo de que não
poderia gerar filhos e, se esse mandamento fosse desobedecido, o mesmo seria morto pelo
próprio filho, que se casaria com a mãe.
O rei de Tebas não acreditou e teve um filho com Jocasta. Depois arrependeu-se do que
havia feito e abandonou a criança numa montanha com os tornozelos furados para que ela
morresse. A ferida que ficou no pé do menino é que deu origem ao nome Édipo, que significa
pés inchados. O menino não morreu e foi encontrado por alguns pastores, que o levaram a
Polibo, o rei de Corinto, este que o criou como filho legítimo. Já adulto, Édipo também foi
até o oráculo de Delfos para saber o seu destino. O oráculo disse que o seu destino era
matar o pai e se casar com a mãe. Espantado, ele deixou Corinto e foi em direção a Tebas.
No meio do caminho, encontrou com Laio que pediu para que ele abrisse caminho para
passar. Édipo não atendeu ao pedido do rei e lutou com ele até matá-lo.
Sem saber que havia matado o próprio pai, Édipo prosseguiu sua viagem para Tebas. No
caminho, encontrou-se com a Esfinge, um monstro metade leão, metade mulher, que
atormentava o povo tebano, pois lançava enigmas e devorava quem não os decifrasse. O
enigma proposto pela esfinge era o seguinte: Qual é o animal que de manhã tem quatro pés,
dois ao meio dia e três à tarde? Ele disse que era o homem, pois na manhã da vida (infância)
engatinha com pés e mãos, ao meio-dia (idade adulta) anda sobre dois pés e à tarde
(velhice) precisa das duas pernas e de uma bengala. A Esfinge ficou furiosa por ter sido
decifrada e se matou.
O povo de Tebas saudou Édipo como seu novo rei, e entregou-lhe Jocasta como esposa. E
depois disso, uma violenta peste atingiu a cidade e Édipo foi consultar o oráculo, que
respondeu que a peste não teria fim enquanto o assassino de Laio não fosse castigado. Ao
longo das investigações, a verdade foi esclarecida e Édipo cegou-se e Jocasta enforcou-se.
Contribuição da nossa querida amiga e leitora Larissa Di Oliveira